Uma espera de 15 anos...em Moçambique
Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que o então presidente Joaquim Chissano – um dos mais hábeis diplomata que a FRELIMO tem nas suas fileiras – e o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama – um dos guerrilheiros mais conhecidos do mundo lusófono –, decidiram que o solo devia deixar de ser regado pelo sangue e o suor do Povo. (Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, as instituições do Estado estarem, com o culpável patrocínio de algumas chancelarias sedeadas em Maputo, cada vez mais partida rizadas).
Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama prometeram um Estado de Direito Democrático; um Estado onde o primado da Lei estaria acima de tudo e mais alguma coisa. (Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, os advogados e magistrados serem espancados, surrados, escalavrados, baleados sem apelo nem agravo por agentes da PRM e os tribunais andarem a reboque do Governo).
Foi num dia como que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama prometeram ao Povo o acesso – desde que competentes, pois claro! - à Função Pública.
(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, continuar a existir células partidárias nas empresas e aos candidatos às vagas nestas ser exigido o cartão do partido no poder)
Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama disseram que poderíamos cantar em uníssono as belezas do nosso Moçambique e caminhar de mãos dadas rumo a um futuro risonho (como se alguém pudesse rir quando de barriga vazia!)
(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, ainda andar-se à porrada no interior do País).
Foi num dia como que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama disseram ao Povo que devíamos meter na cabeça de uma vez por todas que somos, afinal, troncos da mesma arvore – Moçambique.
(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, olharmos para quem não é da nossa cor política de soslaio, como se de inimigo se tratasse).
Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama fizeram crer daí para frente combater-se-ía a pobreza.
(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, constatar-se que ao invés de se combater a pobreza está a combater os pobres) Seja como for, esta é a paz que temos no nosso reino. Ou melhor, no reino de Guebuza!
Etiquetas: Acordo Geral de Paz, Afonso Dhlakama, Joaquim Chissano, Moçambique
1 Comentários:
Às 11:49 da manhã , Anónimo disse...
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