Da impunidade dos filhos à mendicidade dos enteados
Os partidos políticos na Oposição na província de Tete estão terminantemente proibidos de realizar as suas actividades junto do povo. A FRELIMO e o seu presidente, que, por acaso, também é chefe de Estado, são os únicos legalmente habilitados ao exercício de actividades políticas naquela região centro de Moçambique.
Quem assim o determina (pelo menos é o que vem plasmado na última edição do semanário Zambeze) é o chefe do posto administrativo de Charre, distrito de Mutarara. O que dizer de uma situação flagrante e caricata como esta? Nada, que seja lamentar pela Paz e Democracia que, com iniciativas do género e a mando de Alguém a partir de Maputo, estão à partida feridas de morte.
O que dizer deste ridiculo caso de abuso e atentado aos Direitos cívico-políticos dos moçambicanos? Nada, nada que não seja concluir que a ser observada a orientação do chefe do posto administrativo de Charre será nada mais nada menos que o perpetrar da mais pavorosa cena de intolerância política contra o partido dos partidos, o Povo moçambicano.
Mesmo com os dezanove países a desenbolsarem dinheiro quanto baste para que valores como Transparência, Democracia e Boa Governação vinguem, tudo indica que a intolerância política em Moçambique está a atingir o patamar da perversão política. E, convém dizê-lo, a praga da intolerância política só atinge o patamar da perversão quando um outro valor há muito não vigora (ou nunca vigorou): a democracia.
E se a democracia vigora, então há quem queira, com o assentimento de Maputo, aniquilar a Democracia que vigora em Tete. Há quem quer queira matar este valor político sagrado para a paz em Moçambique.
Por isso, e apesar de ainda não ter sido morta na sua totalidade, não fica mal desejar, embora de forma antecipada, paz à alma da Democracia moçambicana que está prestes a morrer sem nunca ter atingido a maioridade.
Etiquetas: Democracia, Moçambique, Partidos políticos
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