O Arauto

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domingo, outubro 14, 2007

Mukanda para o Orlando Castro

"Sempre defendi que Angola não se define – sente-se. E o que sinto pelo meu País é, portanto, algo que não se define. Continuo a sentir o mesmo de sempre apesar de, a partir se agora, deixar de escrever sobre Angola. Os, admito que sejam ainda alguns, leitores deste espaço e dos temas angolanos mereciam uma explicação mais pormenorizada. Posso mas não devo dar essa explicação. Fico em dívida, assumo. Talvez um dia, a partir de um qualquer outro ponto do globo, quem sabe se mesmo de Angola, eu possa pagar essa dívida, eventualmente com juros…", escreve o meu amigo Orlando Castro na sua coluna Alto Hama.
O Orlando, como sempre, terá certamente motivos mais do que legítimos para deixar (por algum tempo, creio eu) de escrever sobre Angola - a mulher e mãe de todos nós que - apesar de a guerra ter conhecido o seu ponto final a 2 de Fevereiro de 2002 - ainda chora, e em determinados (re)cantos ainda sangra.
Muito honestamente não sei quais são, nem interessa saber agora, as razões, os motivos que Te levam a tomar tal decisão, mas tenho a certeza de que continuarás, como sempre, agarrado ao seu pano, à sua saia (ou não fosse ela nossa mãe).
Não interessa agora saber o que esteve na base desta inopinada decisão - que merece o meu preito de consideração e respeito - agora porquanto conheço-Te como homem de honra e palavra.
Por isso sei que a qualquer momento, a qualquer hora, qualquer dia os leitores do Alto Hama, e não só, terão uma explicação (justificação) da Tua parte. Sei que hás-de fazê-lo. Sei por que conheço-Te. (In)depentemente dos motivos que Te animaram a tomar esta decisão (que me deixa constristado, admito) sei que jamais esquecerás os que não têm voz.
Tenho plena certeza de que os angolanos, apesar de viverem num País que se tornou independente a 11 de Novembro de 1975, que ainda são humilhados, sovados, escalavrados e excluídos poderão, disso tenho a certeza, contar com a Tua voz para que possam ter voz.
Repito: (in)depentemente das razões que Te levaram a tomar tal decisão, quero, meu caro, meu velho, meu amigo, que saibas que estou contigo. Quero que saibas que esta(re)mos juntos. Sempre!
Abraço forte!

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