tag:blogger.com,1999:blog-286019182024-03-13T16:18:45.964+00:00O Arauto<img src="http://img.photobucket.com/albums/v220/Lobitino/jeurico_2.gif" border="0" alt="Photobucket">Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.comBlogger280125tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-28581793213702510952008-06-22T11:39:00.004+01:002008-06-22T12:00:56.025+01:00O julgamento de William Tonet<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQHd_ojvNtt6_X2QXiBzGPQ4m721X-ak-pIpJ4TifOQ9e51JDSuOk-kwAAMy6i7-Sh-xOan_znMr8wCaP3-QvG1VjMAjOhVhptapz9NXYjFNybrNTy8ieg524BW0RYxuqy9DoY/s1600-h/images.jpeg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5214658366649862786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 219px; CURSOR: hand; HEIGHT: 82px; TEXT-ALIGN: center" height="41" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQHd_ojvNtt6_X2QXiBzGPQ4m721X-ak-pIpJ4TifOQ9e51JDSuOk-kwAAMy6i7-Sh-xOan_znMr8wCaP3-QvG1VjMAjOhVhptapz9NXYjFNybrNTy8ieg524BW0RYxuqy9DoY/s400/images.jpeg" width="316" border="0" /></a><br /><div align="justify"><strong>O julgamento do jornalista e director do (bi)semanário "Folha 8" na queixa da Primeira da Dama, que teria lugar às nove horas da última sexta-feira, foi adiado "sine die". William Tonet iria (vai) responder a uma queixa-crime de Ana Paula dos Santos por alegada calúnia e difamação num artigo publicado no "Folha 8" em 2004.</strong> </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">É assim mesmo. Os jornalistas escrevem (falam) sem apurar os factos, processo com eles! Afinal estamos num País (supostamente) civilizado. Estamos num putativo Estado de direito democrático.<br />Vivemos, afinal, num País onde tudo é (suposto) ser resolvido à fala. Estamos, afinal, num Estado onde os dirigentes preferem ser salvos pela crítica e não mortos pelo elogio.<br />Estamos num País onde os tribunais (não) andam a reboque do poder político.<br />Vivemos numa Angola onde os juizes (não) colocam o rabinho entre as pernas quando o processo (judicial) envolve figuras ligadas à, ou próximas, Cidade Alta.<br />Por isso Ana Paula dos Santos tem todo (e mais algum) Direito de processar quem atente contra a sua honra e bom nome. Saúdo a iniciativa de ter processado o jornalista William Tonet, que, quanto a mim, traduzir-se-á em mais um julgamento político.<br />Mau grado os estrategas políticos e de comunicação da Cidade Alta não terem alertado a Primeira Dama que, às vésperas das eleições legislativas, o julgamento de William Tonet é suspeito.<br />Mau grado os estrategas políticos e de comunicação da Cidade Alta não terem avisado que, nesta altura do campeonato, o julgamento de William Tonet é sinal de que outros jornalistas vão secundar o director do "Folha 8" em Tribunal, facto que põe em causa a Liberdade de Imprensa.<br />PS - Não me lembro de Ana Paula dos Santos ter sido processada judicial e criminalmente quando aqui há alguns anos usou como usou um avião (creio que era da Taag) e quando chamada à razão "disparou" sem papas na língua: "o avião é do meu marido".<br />Será que é mesmo?</div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com65tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-14780211041394166592008-04-20T19:01:00.003+01:002008-04-20T19:07:45.318+01:00Navio chinês com armas para Harare navega em direcção a Luanda<div align="justify"><strong>Navio chinês com armas para Harare navega em direcção a LuandaO navio chinês, que transporta armas para o governo do Zimbabué, e queestava ancorado ao largo de Durban, na África do Sul, navega em direcção aAngola onde espera conseguir aportar, segundo o ministro dos Transportesmoçambicano.O navio abandonou águas sul-africanas sexta-feira depois de um tribunal de Durban ter recusado que as armas fossem transportadas através do país, para o Zimbabué, refere hoje a SW Radio Africa, uma rádio independentezimbabueana de ondas curtas, citada pelo serviço de notícias on-lineAllAfrica.com.</strong></div><div align="justify">Segundo a AllAfrica.com, o ministro dos Transportes e Comunicações deMoçambique, Paulo Zucula, disse à Reuters que Maputo tem estado atento aosmovimentos do navio, desde que zarpou do porto sul-africano."Sabemos que o registo do seu próximo destino explicita Luanda porque nãopermitimos que penetrasse em águas moçambicanas sem diligências prévias",disse.O navio "Na Yue Jiang" estava ancorado ao largo do porto de Durban des desegunda-feira.</div><div align="justify">O comandante foi informado sexta-feira de que um tribunal de Durbanproibiu o transporte dos seis contentores de armas e munições para oZimbabué através de território sul-africano, tendo decidido partir comdestino incerto.</div><div align="justify">A cadeia televisiva norte-americana CNN avançou por seu lado que, segundoo Departamento Sul-africano de Transportes, o navio tem como destino oporto de Luanda.</div><div align="justify">Entre as armas transportadas, encontram-se milhões de munições de várioscalibres, com predominância do calibre utilizado nas espingardasautomáticas AK-47, RPG (morteiros com auto-propulsão) e granadas demorteiro.</div><div align="justify">Nos últimos dois dias, a generalidade da comunicação social tem dadodestaque ao "Na Yue Jiang", uma vez que a ausência de resultados daseleições presidenciais zimbabueanas de 29 de Março ameaça mergulhar toda aregião numa grave crise.</div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-68757033579723881262008-04-19T16:38:00.002+01:002008-04-19T16:41:33.899+01:00A UNITA está satisfeita? Quem diria...<div align="justify"><strong>O presidente da UNITA disse recentemente em entrevista ao jornalista Paulo Guilherme Figueiredo, da Lusa, que acredita que as eleições legislativas angolanas de Setembro serão livres e justas. Ainda bem (digo eu) que as eleições legislativas de Setembro serão livres e justas. Isto quer dizer que a UNITA está satisfeita com o processo eleitoral em curso. Ainda bem (digo eu) que as eleições legislativas de Setembro serão livres e justas. Isto quer dizer que o Governo está a cumprir (?) à letra o estabelecido na Lei Eleitoral vigente na República de Angola.</strong> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Só espero que daqui a algumas semanas, meses ou às vésperas dos resultados eleitorais, Isaías Samakuva não nos venha dizer que tais declarações foram feitas sob coacção do MPLA que na altura (vá-se lá saber!) tinha uma pistola apontada à sua cabeça.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Só espero que o líder do Galo Negro não diga daqui a algumas semanas, meses ou às vésperas dos resultados eleitorais, que o jornalista Paulo Guilherme Figueiredo, da Lusa, manipulou as suas palavras. E assim espero porque, quanto a mim, nem tudo está a correr como deve ser no processo de preparação das próximas eleições.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">E o presidente do segundo maior partido angolano sabe disso ou pelo menos tinha de saber. O líder do Galo Negro sabe tanto quanto eu (ou quiçá melhor) que os Magistrados Judiciais que fazem parte da Comissão Nacional de Eleições CNE) continuam a exercer as funções de juízes (mesmo assim as eleições legislativas de Setembro serão livres e justas, não serão senhor Isaías Samakuva? Pois é!). </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O facto de os Magistrados Judiciais que estão na CNE não se terem demitido das funções de juízes constitui uma grosseira violação do artigo 131 da Lei Constitucional vigente na República de Angola, que “estabelece que os juízes não podem desempenhar qualquer outra função pública ou privada, excepto a de docência ou de investigação cientifica (sic!)” (mesmo assim as eleições legislativas de Setembro serão livres e justas, não serão senhor Isaías Samakuva? Pois é!). </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O facto de os Magistrados Judiciais que estão na CNE não se terem afastado das funções de juízes significa que o órgão eleitoral de que fazem parte não é uma instituição na qual se possa confiar uma vez que parte dos seus membros desrespeitam as leis (mesmo assim as eleições de Setembro serão livres e justas, não serão senhor Isaías Samakuva? Pois é!). </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O facto de os Magistrados Judiciais que estão na CNE não se terem destituído das funções de juízes significa dizer, à partida, que durante as próximas eleições poderão desrepeitar impunemente a Lei Eleitoral (mesmo assim as eleições legislativas de Setembro serão livres e justas, não serão senhor Isaías Samakuva? Pois é!). Das duas uma. Ou Isaías Samakuva quer atirar areia para os olhos dos militantes do seu partido ou a UNITA está a querer ser cínica com os angolanos. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-46907674705516018042008-04-19T16:34:00.002+01:002008-04-19T16:37:31.098+01:00Moçambique sem rei nem roque<div align="justify">O correspondente do “Savana” na província de Manica revela, na última edição do referido semanário, que o procurador distrital de Gondola fez (bem ao estilo do quero-posso-(des)mando e nada me acontece!) Justiça pelas suas próprias mãos deixando bem claro para quem ainda tinha dúvidas de que em algumas (mas quase todas) as regiões do interior do País são terra "sem rei nem roque" onde impera o desmando, onde o Estado, enquanto pessoa colectiva, só se faz sentir quando se trata de reprimir o(s)moçambicano(s) descamisado(s).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O jornalista André Catueira conta na sua peça que Pompílio Xavier “espancou gravemente na madrugada do último sábado um cidadão de nome Rassul Gimo, 28 anos, por este ter mantido relações amorosas com uma prostituta zimbabueana (sic!)” com quem o magistrado mantém alegadamente uma “amizade colorida”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ora não é a primeira que magistrados do Ministério Público arrastam o nome da Justiça e do Estado moçambicana para a lama. O primeiro caso - cabeludo diga-se de passagem, que deixou o País boquiaberto - envolvia o nome do Digníssimo Procurador Augusto Paulino num suposto descaminho de milhões de meticais, agora chegam notícias que nos dão conta que Pompílio Xavier tirou a camisa e, qual Mike Tyson, enfiou uns valentes sopapos a um inerme cidadão por causa de uma meretriz. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O clima de suspeição que recentemente se levantou em torno do nome de Augusto Paulino — além de colocar em causa a sua idoneidade moral — não só deixa ficar mal o homem, mas sim a Justiça moçambicana. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O comportamento de Pompilio Xavier não põe apenas em causa o bom (?) nome do Digníssimo procurador, mas sim o Estado moçambicano que os homens da Pereira Lago (sede da FRELIMO, partido no poder) dizem ser de Direito democrático.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">É evidente que com procurados (sejam eles judiciais ou do Ministério Público) assim, é caso para dizer Justiça para que te quero em Moçambique. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">É claro que procuradores (sejam eles judiciais ou do Ministério Público) com este nível, vale perguntar se adianta acreditar na Justiça moçambicana. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-1640514118512235162008-04-19T16:28:00.005+01:002008-04-19T16:31:58.574+01:00A ladainha do combate à pobreza em Moçambique<div align="justify">Por falta de um argumento convincente e plausível, os políticos moçambicanos (alguns mas quase todos) transformaram a ladainha do “combate à pobreza absoluta (sic!)” na sua mais recente e predilecta canção que, convém dizê-lo, já cansa o ouvido e (sem querer querendo) abusa da paciência do soberano dos soberanos (o Povo) desta antiga colónia portuguesa onde apenas 8, 8 por cento da população fala português como deve ser e o resto lida com ela de forma tão cruel ao ponto de fazer José Maria Relvas andar às voltas na tumba onde se encontra e deixar insignes filólogos como Celso Cunha e Lindley Cintra indispostos “dia sim - dia também”. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Enquanto arregaçam mangas para a luta contra a miséria, os políticos moçambicanos ignoram que a pobreza franciscana que impera no País vai apanhá-los com as calças na mão e infligi-los uma copiosa derrota sem igual na História de Moçambique hodierno. E tal vai acontecer por que os políticos moçambicanos entendem que, salvo melhor opinião, a pobreza deve ser combatida com sacos de arroz, maços de dólares ou euros doados por países asiáticos, europeus ou ainda americanos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ignoram (?) os políticos moçambicanos que só se poderá dar à volta à pobreza absoluta quando o País tiver recursos humanos qualificados à altura das necessidades prementes que, na escala das prioridades políticas, poderão guindar Moçambique ao patamar dos Países de Desenvolvimento Médio. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O chanceler japonês, Mashiko Komura, em declarações à imprensa, afirmou que para melhorar a situação da pobreza é necessário actuar sobre as áreas da Saúde, Educação e garantir o acesso à água. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Será que os políticos moçambicanos (todos eles têm três refeições por dia, noves-fora os lanches) sabem quantos cidadãos não têm acesso à Saúde no País? Creio que poucos, muito poucos mesmo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Será que os políticos moçambicanos (muitos deles são um problema para a solução e não uma solução para o problema da pobreza absoluta) sabem quantos cidadãos não têm acesso à Educação no País? Creio que poucos, muito poucos mesmo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Será que os políticos moçambicanos (entre eles há quem queira que essa situação se perpetue) podem dizer quantos cidadãos do Rovuma ao Maputo só têm acesso à água? Creio que poucos, muito poucos mesmo. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com178tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-44826167002101787512008-04-19T16:22:00.003+01:002008-04-19T16:27:24.123+01:00Seis anos de consolidação da mediocridade<div align="justify"><strong>O aperto de mão sincero entre os generais Armando da Cruz Neto e Geraldo Abreu "Kamorteiro", responsáveis máximos das Forças Armadas Angolanas (FAA - Governo) e das Forças de Libertação de Angola (FALA - UNITA), na manhã de 04 de Abril de 2002, no Palácio dos Congressos, em Luanda, selou o Acordo de Paz que colocou um ponto final à guerra fratricida que durante 27 anos ceifou vidas (não foram poucas), provocou dor (indescritível), luto (a côr preta era uma constante na nossa indumentária), separou irmãos (muitos tiveram que abandonar o País), provocou feridas, que ainda sangram, e cicatrizes, que ainda doem.</strong> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Passados cinco anos + um era suposto possível e desejável Angola ter Justiça, Trabalho e Paz, tolerância, mais oportunidades, menos violência, confusão entre o partido (no poder) e o Estado. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por isso, estes cinco anos + um de paz representam, para mim, a consolidação da mediocridade e do culto de personalidade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Eu explico: o MPLA é um tigre de papel que proclama a sua tigritude de Cabinda ao Cunene, na região austral do nosso continente e no mundo, sem saber em quê que deve assentar o desenvolvimento (e não crescimento) de Angola. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pessoalmente não conheço nenhuma ideia estratégica do MPLA (muito menos do Galo Negro) para desenvolver o País no que tange à vida económica e social. Passados cinco anos + um desde o final da guerra em Angola, sei, verbis gratia, que a ascensão no partido no poder não depende da competência técnica ou intelectual, mas sim da frequência com que se adula José Eduardo dos Santos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Passados cinco anos + um desde o final da guerra em Angola, sei que o conhecimento técnico e cientifico não contam, o que conta é a subserviência. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Passados cinco anos + um desde o final da guerra em Angola, sei que determinados assessores da Presidência da República e alguns (mas quase todos) membros do MPLA aos poucos vão José Eduardo dos Santos com elogios cínicos quando pode(ria)m salvá-lo com críticas sinceras, frontais e camaradas. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Passados cinco anos + um desde o final da guerra em Angola, apraz-me dizer que o País poderá dar um salto qualitativo quando o MPLA estiver na oposição. Aí sim, quero crer, os angolanos poderão conhecer dias melhores. Quem não crê que se levante e atire a primeira pedra. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-67192383834854236292008-04-18T17:44:00.002+01:002008-04-18T17:46:29.284+01:00E as crianças, senhores donos do poder em Luanda?<div align="justify">Duas crianças e dez mulheres encontram-se sob os escombros do edifício-sede da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DINI) que, qual castelo de baralho de cartas, desabou na madrugada de sábado último na capital angolana. Aquando do incidente, do edifício com sete andares que vitimou até agora três pessoas, encontravam-se nas instalações da DNIC, 181 detidos. </div><div align="justify">Entre os detidos havia (o que não cabe nem um pouco mais ou menos na minha cabeça nem na de ninguém que tenha dois palmos de testa e amor ao próximo) uma criança com menos de sete dias de vida, outra com menos de cinco e uma mulher grávida. </div><div align="justify">Será que quando na sexta-feira (um dia antes do desabamento) o Procurador-Geral da República, José Maria de Sousa, visitou a DNIC não soube da existência de uma criança recém-nascida, não a viu? Não acredito. </div><div align="justify">Será que o Digníssimo Magistrado não soube que havia uma mulher grávida nos calabouços daquele órgão para militar? Não acredito. </div><div align="justify">Qual terá sido o crime do recém-nascido e da mulher grávida que, até ao presente momento, se encontram debaixo dos escombros do prédio da DNIC? Bem, o que se poderá dizer é que, neste caso, as autoridades terão feito tábua rasa à Lei da Prisão Preventiva e Instrução Preparatória vigente na República de Angola e pisoteado sem dó nem piedade os Direitos Fundamentais dos cidadãos em causa. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-52275344337348561872008-04-18T17:39:00.002+01:002008-04-18T17:43:47.903+01:00Tal como em Portugal, Angola precisa de alternativas<div align="justify"><strong>O antigo alto-comissário português para Imigração manifestou recentemente em Lisboa a intenção de criar um novo partido político que ideologicamente se vai situar ao centro entre o Partido Socialista ( PS) — o tal que (des) manda nas ocidentais praias lusitanas onde quando se quer esticar os braços um vai dar a Espanha e o outro ao mar devido a sua pequenez territorial — e o Partido Social Democrata (PSD).O mentor do referido projecto político, Rui Marques, de seu nome, revelou que o partido chamar-se-á "Movimento Esperança Portugal" e deverá concorrer às europeias de 2009.</strong> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Rui Marques é, digo por minha conta e assumo o risco, o paradigma de um (bom) cidadão, português, no caso, que quer devolver aos seus compatriotas a esperança de voltar a acreditar nos partidos políticos e na política luso. É evidente que o surgimento de um novo partido na cena política lusa vai levar segura e garantidamente os portugueses a sentirem-se encantados da vida. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ora encantado também sentir-me-ia se em Angola surgisse um partido de tipo novo que ideologicamente se situasse entre o MPLA e a UNITA (pois já deu para ver aos longo de mais de 30 anos que os dois são farinhas do mesmo saco e bananas do mesmo cacho, o primeiro faz asneira e o segundo besetira). </div><div align="justify">O MPLA e a UNITA induzem, em conluio, os angolanos (alguns mas quase todos) a pensar que um partido político não é uma pessoa jurídica de Direito Privado que, no sentido moderno da palavra, pode ser definido como uma união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizado nos princípios de hierarquia e disciplina. </div><div align="justify">Contrariamente ao que era suposto, possível e desejável, os angolanos (alguns mas quase todos) são induzidos a filiarem-se aos partidos político para garantir um tacho numa empresa pública, Minitério ou ainda em casa do jardineiro do jardineiro do estafeta do membro partido. </div><div align="justify">Hoje, filiar-se a um partido político (de preferência ao MPLA ou a UNITA) é, digo eu, a melhor forma de se tornar autista esquizofrénico, embalando num processo de desprezo suicida pelas necessidades, expectativas e aspirações das massas mais desfavorecidas. </div><div align="justify">Hoje, filiar-se a um partido político (de preferência ao MPLA ou a UNITA) é, digo eu, a melhor forma para se ser exibicionista, fascista, arrogante, tradicionalista, boçal, populista, demagogo, racista e tribalista. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-45001119455078312622008-04-18T17:17:00.006+01:002008-04-18T17:37:56.953+01:00Dois amigos eternos: Alto Hama e Pululu<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bv4mqGbXcqM9JbCYKE2e1thIjggKuAHdI4hSlHi-SLQgWrwMS_56B173FzTPWghq20PNy9xz8fLuRpH7-JuIrCECUUZXa7txuq0sQ6P3RL8qyIO3mzAqV8SnbstXjOwR_B9f/s1600-h/images[8].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190625093039238018" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 112px; CURSOR: hand; HEIGHT: 78px" height="71" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bv4mqGbXcqM9JbCYKE2e1thIjggKuAHdI4hSlHi-SLQgWrwMS_56B173FzTPWghq20PNy9xz8fLuRpH7-JuIrCECUUZXa7txuq0sQ6P3RL8qyIO3mzAqV8SnbstXjOwR_B9f/s320/images%5B8%5D.jpg" width="122" border="0" /></a> O “Alto Hama” (http://altohama.blogspot.com), do companheiro, amigo e jornalista<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEF-McqfgAi8-leq5cU40nF_95VRF2pwfYOwSj7smTE-AHJKhEULMmXqFKz4fQr6q3NvjzGdUkGwLJyLiSHVAmD0qx05zqQ8_5bHHI17bEWbUx8tbz9R-UfEZsPTjhSxBZEY7H/s1600-h/images[8].jpg"></a> Orlando Castro, é o café (a única droga socialmente aceitável neste mundo que cada vez se confunde com Sodoma e Gomorra) quente e saboroso que me desperta quando a noite começa a vestir-se de branco. “O Pululu” (http://pululu.blogspot.com), do não menos companheiro, amigo e académico Eugénio Costa Almeida, é o cigarro (estou careca de saber que faz mal à Saúde) que aquece e ajuda a avivar o disco duro da memória das minhas memórias. Até ao momento em que redigia esta crónica, o “Alto Hama” (nascido em 2006) tinha sido “picado” 083.734 leitores e, por seu lado, “O Pululu” (nascido em 2004) tinha sido visitado por 159.752 leitores de distintas partes do mundo. </div><div align="justify"><div align="justify"></div><br /><div align="justify">É evidente que, com muito gosto e honra, me incluo no número de leitores que “picam” estes dois espaços de referência obrigatória do mundo da bloguesfera. São dois espaços incontornáveis quando o assunto é actualidade lusófona e não só. Não leio o “Alto Hama” e “O Pululu” por causa da fleuma e da indulgente amizade (espero que dure por longos anos) que mantenho com O Orlando Castro e O Eugénio Costa Almeida. </div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Leio estes dois blogues por encontrar neles brilhantes ideias e com as quais me identifico e cauciono. No “Alto Hama” e n’ “O Pululu” encontro invariavelmente resposta à minha dor de patriota que assiste (im)potente ao esbulho da minha Pátria. </div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Fui, e continuo a ser , incompreendido por aqueles que se julgam angolanos de primeira. No “Alto Hama” e n’ “O Pululu” Orlando Castro e Eugénio Costa Almeida fazem ecoar o seu grito de raiva de revolucionários que, a dado momento de um passado recente, procuraram a revolução para fazer progredir social, económica e academicamente o País (Angola) que ocupa um lugar especial no lado direito dos seus peitos. </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Foram, e continuam a ser, incompreendidos por aqueles que julgam que para ser angolano tem necessaria e obrigatoriamente que se ser negro. No “Alto Hama” e n’ “O Pululu” Orlando Castro e Eugénio Costa Almeida fazem ecoar o grito militarista de quem procurou o exército e que não encontrou. E não encontraram por serem homens de Paz. Não encontraram por serem homens de ideias e terem o verbo na ponta da língua. Não encontraram por terem a caneta como arma de combate para induzir quem de Direito a proporcionar dias de mais pão, sol, amor e paz aos angolanos. </div></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-57555304386955456522008-04-18T17:12:00.004+01:002008-04-18T17:17:07.617+01:00Kundy Pahiama deveria (entre outras coisas) beber menos<div align="justify"><strong>O min<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WNJFRG3lWt785RdrRLyJM9LgSTdYTnA_N1huBa5MYSEa2jRXtYvg9r3uovp1YZLI0WiOEWLAYxFX3coIv7rPGg1zm8AP3sUSzVpOupfmAxUdsNYtbt1XHKrwQQCzcdzdS32v/s1600-h/images[5].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190619758689856338" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 136px; CURSOR: hand; HEIGHT: 139px" height="91" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WNJFRG3lWt785RdrRLyJM9LgSTdYTnA_N1huBa5MYSEa2jRXtYvg9r3uovp1YZLI0WiOEWLAYxFX3coIv7rPGg1zm8AP3sUSzVpOupfmAxUdsNYtbt1XHKrwQQCzcdzdS32v/s400/images%5B5%5D.jpg" width="136" border="0" /></a>istro da Defesa angolano, para quem os cães são mais importantes que o Povo, afirmou, recentemente em declarações à Luanda Antena Comercial (LAC), que o Galo Negro mantém armas escondidas (aonde?) e que alguns dos seus dirigentes (quais?) têm o objectivo de voltar à guerra. As afirmações de Kundy Pahiama — o tal que come, vive (às custas do Povo que insulta e humilha, pois claro!) e dorme bem (?) - colocam em perigo o processo de paz e de estabilização que, bem ou mal, Angola vive presentemente.</strong><br /><br />As declarações de Kundy Pahiama deixam inseguros todos os angolanos, e não só, que gostariam de viver sem medo num País sem medo, (mais) seguro,<br />(mais) aberto, (mais) plural e politicamente (mais) tolerante à luz da tácita promessa parida a 22 de Fevereiro de 2002.<br /><br />Se eu fosse do MPLA, à pala da Paz, da Estabilidade e da Democracia, exigiria a quem de Direito (ao presidente Eduardo dos Santos, no caso) que não mais deixasse o ministro da Defesa falar publicamente. Porquê? Porque nos últimos tempos quando o ministro abre a boca... ouvimos o que ouvimos.<br /><br />Se eu fosse da UNITA, juro e trejuro, que, à pala da Paz, da Estabilidade e da Democracia, processaria sem pestanejar o ministro da Defesa.<br />Processava-o no sentido de pressioná-lo a revelar onde se encontram escondidas as armas de que fala.<br /><br />Se eu fosse do Galo Negro, juro e trejuro, que, à pala da Paz, da Estabilidade e da Democracia, apresentaria uma queixa-crime contra o ministro da Defesa no sentido deste revelar em sede própria (Tribunal) os nomes dos dirigentes do partido fundado por Jonas Savimbi que pretendem<br />(?) voltar à guerra.<br /><br />Ora não sendo nem do MPLA nem da UNITA, limitar-me-ei a falar (escrever) simplesmente como angolano que ama, sente e quer Paz, Estabilidade e Democracia em Angola.<br /><br />Quero recomendar, por esta via, que de doravante Kundy Pahiama passe a beber menos vinho à hora da refeição. Quero recomendar que alguém o acompanhe à Psiquiatria para ver se está ou não bom da cuca (leia-se cabeça), de molde a evitar que atire palavras a esmo que, para além de ferirem os nossos ouvidos, ofendem os angolanos no corpo e na alma. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-34597745371836839412008-04-18T17:02:00.002+01:002008-04-18T17:10:49.999+01:00Querem decapitar a Imprensa livre<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglpLT3BD36DNskd1U8dXW5c3ysIqrhfkmwBfxarGsvE4ghcFevGYu2hzY1e95v0HfG3mx6eSV1ePmxmMnbbgbtgvLVz0vhSycTX-MLvdkIYPnbZWq4Ahs87zhAD_gvH9puJdro/s1600-h/images[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190618367120452418" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglpLT3BD36DNskd1U8dXW5c3ysIqrhfkmwBfxarGsvE4ghcFevGYu2hzY1e95v0HfG3mx6eSV1ePmxmMnbbgbtgvLVz0vhSycTX-MLvdkIYPnbZWq4Ahs87zhAD_gvH9puJdro/s400/images%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><strong>Os espadachins do regime, quiçá tendo em atenção as eleições que serão realizadas em Setembro próximo, já começaram a desembainhar as suas espadas e a esgrimi-las contra (tudo e) todos aqueles que lutam para manter acesa a chama da liberdade e consolidar a democracia (in)existente na Pátria de Agostinho Neto.</strong></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Enquanto uns lutam (são muito poucos) para manter acesa a chama da liberdade e consolidar a democracia (in)existente em Angola, outros (não são poucos) esfolam mãos e joelhos para apagar a chama da liberdade, desconstruir a democracia (in)existente e pensar demorada e denodadamente como estragar a vida dos amantes das Liberdades de Expressão e de Imprensa.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A atestar isso está a recente prisão ilegal de Graça Campos, jornalista e director do Semanário Angolense, em decorrência de um processo-crime instaurado por um papalvo que se deixou usar pelo regime, e a chamada, quinta-feira última, de William Tonet, jornalista e director do bissemanário Folha 8, ao quinto andar da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), em virtude de uma queixa-crime apresentada por Hélder Vieira Dias Júnior (Kopelipa), futuro ex-chefe da Casa Militar da Presidência da República, José Maria, chefe da Contra Inteligência Militar, e Hélder Pita Gróz, director da Policia Judiciária Militar. Fiquei a saber, por exemplo, que o hebdomadário “O Independente”, que já tinha sido “morto” e “enterrado”, acabou de “ressuscitar”. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">O jornal ressurgiu para fazer acusações graves a William Tonet. Diz o jornal que Tonet acaparou-se de quatro milhões de dólares que o Comando Geral da Polícia havia disponibilizado para que a empresa do jornalista construísse uns tantos jangos na ilha do Mussulo. Escreve o semanário que Tonet tem usado tal dinheiro para tratar-se, no Brasil, dos vírus do VIH/Sida, de que é portador há mais de cinco anos. Vamos por partes. Hélder Vieira Dias (Kopelipa), José Maria e Hélder Pita Gróz estão no seu Direito de processar William Tonet, mas tenho a certeza absoluta que estão era (é) a vontade destes generais. A verdadeira vontade destes homens de mão de José Eduardo dos Santos (estão a semear vento, meus senhores...) é a de enfiar um tiro bem rosto do director do Folha8. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">E porquê que eles fariam isso? Porque sei que Kopelipa, Zé Maria e Pita Gróz são homens que já mostraram, por palavras, actos e omissões, uma manifesta e inapta capacidade para lidar com valores como Democracia, Tolerância Política, Liberdade de Imprensa, de Expressão e são contra o exercício aberto e plural da cidadania. Sei que a estes três homens apetece dar um tiro a William Tonet por ele ser um jornalista que chama as coisas pelos próprios nomes e enfrenta de peito aberto os maus ventos e as péssimas marés que vão tendo lugar em Angola.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Apetece-lhes tirar a vida do director do Folha 8 pelo facto de William Tonet não ser um homem de meter o rabinho entre as pernas quando sopra uma brisa ou quando as ondas estão mais altas. Mesmo quando ameaçado física, moral e mortalmente como agora. <a href="http://www.multipress.info/fotos/voa/jornais25.gif" target="_top"></a></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-47882659056857320842008-04-18T16:45:00.004+01:002008-04-18T17:00:01.643+01:00Se foi um mal que veio por bem, o bem demora a chegar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr3tN9Yamsc3ZXg_yi8ngH6U2KRGGLk26RVKCQYSX2b2PQe-MtCwoK0cMjfY_KAS7au3g7gXwhm-72tTBtshVgvbMFbT0F5DaaMC-DnkkR5wtNubFHOy7fr8o4UEhnnn0u_0sg/s1600-h/images[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5190614849542236978" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgr3tN9Yamsc3ZXg_yi8ngH6U2KRGGLk26RVKCQYSX2b2PQe-MtCwoK0cMjfY_KAS7au3g7gXwhm-72tTBtshVgvbMFbT0F5DaaMC-DnkkR5wtNubFHOy7fr8o4UEhnnn0u_0sg/s400/images%5B1%5D.jpg" border="0" /></a> O termo da existência de Jonas Savimbi, permitam-me ser politicamente (in) correcto (porque a História assim exige e as mais recentes evidências quotidianas dos factos assim aconselham), foi um mal que veio para bem. Um mal (claro que não se deseja a morte de ninguém nem a ninguém!) que veio para bem na medida em que deixou a nu a manifesta e inapta capacidade do MPLA para lidar com valores como a democracia, tolerância política, liberdade e cidadania. <div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">O desaparecimento do líder e fundador da UNITA foi um mal que veio para bem porque mostrou que quem governa está impreparado para dirigir uma Angola sem guerra.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A morte do velho guerrilheiro foi um mal que veio para bem porque deixou o MPLA numa posição bastante incomoda em que dá a entender claramente que o Governo está de tanga (e para um Governo de tanga, uma tanga de Governo!).</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A aniquilação de Jonas Savimbi, o homem que durante muitos anos deu à volta politicamente ao mundo inteiro, mostrou que o MPLA não tem nem nunca teve uma agenda social para o período do pós-guerra. </div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Passados seis anos desde que a UNITA foi capitulada e o seu líder morto, ainda não é possível dizer alto e bom som “olhe, isto (Angola) aqui está muito bom; isto aqui está bom demais”. </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">As matreirices políticas de Jonas Savimbi e os actos de sabotagem, de todo o género, por parte das forças militares da UNITA deixaram de ser um pretexto para que não se dê, pelo menos isso, água, pão, habitação, educação e saúde aos cidadãos-eleitores e contribuintes angolanos.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Até quando? </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">*Texto inicialmente publicado no<a href="http://noticiaslusofonas.com/"> NL</a></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-11859557474725351092008-02-05T19:53:00.000+00:002008-02-05T20:03:16.163+00:00Luanda merecia muito melhor<div align="justify">Job Capapinha, o tal que aqui há três anos mandou "capangas" desalojar-me às três da madrugada do palácio do Governo do Cunene pelo simples facto de ter dito ao afilhado de casamento José Eduardo dos Santos, Pedro Mutinde, que não era do MPLA (mas também não sou da UNITA), foi recentemente exonerado, a seu pedido, pelo presidente da República do cargo de governador de Luanda. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi um assunto que, confesso, não me fez mossa; e não me fez mossa porque quando José Eduardo dos Santos escolheu o então governador para dirigir os destinos da capital do País, entendi, na altura, que se estava a apostar erradamente no cavalo errado. Entendi na altura, creio que não fui o único, a nomeação de Capapinha para o cargo de governador da província mais complexa do País como sendo um insulto à inteligência de luandenses técnica e academicamente mais capazes que não são, nunca foram nem nunca serão nomeados para dirigir os destinos de Luanda pelo simples e único “pecado” de não perfilharem as ideias daqueles que persistem teimosa e arrogantemente em dar continuamente Menos Pão Luz e Água ao Povo. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O tempo, este grande e experimentado Mestre que ao logo da História jamais confundiu a obra-prima do Mestre com a prima do Mestre de Obras, acabou por confirmar, sem mais nem ontem, o meu palpite. O tempo confirmou, sem querer querendo, o que sempre suspeitei, que Job Capapinha era, para o cargo que até então ocupava, uma personagem periférica promovida pelas circunstâncias a um papel que não poderia desempenhar adequadamente. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não posso negar, sempre pensei, que Luanda merece(ia) alguém melhor. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-84905873072204511692008-02-05T12:50:00.000+00:002008-02-05T13:00:23.595+00:00Os cães do ministro e o ministro dos cães<div align="justify"><strong>Sob o título "Pahiama, os cães e os angolanos", o jornalista Orlando Castro dá-nos a conhecer, em primeira mão, que o ministro da Defesa insultou, em nome de Eduardo dos Santos e do MPLA, o Povo afirmando, no passado dia 12 no município da Matala, província da Huila, que dorme bem, como bem e o que resta no seu prato, e quando resta, dá aos seus cães e não aos pobres.</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não sei porquê (se calhar por não dormir bem, não comer bem e não ter restos para dar ao Pantufa cá de casa), mas esta boca foleira de Kundy Pahiama não me surpreende. E não me surpreende porque de alguns anos a esta parte que descobri que o Governo angolano não luta contra a pobreza, mas sim contra os pobres, o que quer dizer que Pahiama só está a fazer juz à cartilha do MPLA. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Contrariamente a muitos angolanos que amam e sentem Angola, a afirmação do futuro director de campanha de eleições do MPLA não me deixa de boca à banda. Porquê? Porque contrariamente a Mateus Julião Paulo “Dino Matross”, Mendes de Carvalho, Nvunda, Lúcio Lara ou ainda Paulo Teixeira Jorge e outros históricos do MPLA, Kundy Pahiama é uma pessoa, que a todo custo quer ser gente, cívica, moral e academicamente (muito) mal formada.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas será que se deve dar tanta importância a quem se julga ser o cão grande do quintal de Eduardo dos Santos ou o soba dos Nyaneka Humbe? Penso que não. E penso que não porque ele até é filho de pai incógnito. Se não o é, então exijo (não peço, recuso-me terminantemente a pedir) que o MPLA e o seu presidente o mandem pedir desculpas ao Povo, agora e já!</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><em>Crónica inicialmente publicada </em></strong><a href="http://noticiaslusofonas.com/"><strong><em>aqui</em></strong></a> </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com81tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-82027538563592990362008-01-04T16:52:00.000+00:002008-01-04T16:54:32.492+00:00Sacrifícios para muitos, privilégios para poucos<div align="justify"><strong>No pretérito dia 27 de Dezembro do ano que há dias «ouviu» o seu «canto de cisne», o presidente angolano proferiu um discurso à Nação durante o qual destacou que «(…) todos constatam (…) que a paz está a consolidar-se todos os dias e que a guerra se tornou numa simples recordação dolorosa do passado». Tal como alguns mas quase todos os angolanos - refiro-me obviamente aqueles que amam, sentem e querem uma Angola sem tirania, livre e não fascista como o é presentemente - não me revejo na referida prédica. E não me revejo porque, na minha modesta opinião, a paz não está a ser consolidada todos os dias. Pelo contrário!</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> Contrariamente a Eduardo dos Santos, constato, isto sim, que fruto da actual situação económica e social que, debaixo do nosso sol político, se está a encher a encher um barril com pólvora que qualquer dia alguém vai atear com fogo nele. Contrariamente a </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Eduardo dos Santos, constato, isto sim, que a guerra não se está a tornar numa simples recordação dolorosa do passado, mas sim num factor cada vez mais brutal e presente na consciência do Povo por não mais existirem condições objectivas e subjectivas para a vida de cão que os angolanos têm levado de 2002 para cá. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Eduardo dos Santos, que há muito deixou de ter o mandato do Povo para governar, pede, a dado momento do seu discurso, que «continuemos a trabalhar juntos para vencermos mais depressa a batalha da reconstrução material e espiritual da Nação». Pois é. Sacrifício para a maioria, no caso o Povo, e privilégio para uns poucos, no caso aqueles que rodeiam o Presidente angolano. </div><div align="justify"> </div><strong>Crónica inicialmente publicada</strong> <strong><a href="http://www.noticiasluosfonas.com/">aqui</a></strong>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-81716007821636248682008-01-04T16:39:00.000+00:002008-01-04T16:49:19.622+00:00Revolta do Cassanje-Embrião da luta pela independência<div align="justify"><strong>O historiador angolano Pedro Kapumba considera a Revolta da Baixa de Cassanje como "o alicerce" para a constituição de outros movimentos que levaram à independência de Angola, em 11 de Novembro de 1975. "Milhares de angolanos terão morrido nessa revolta. São heróis que criaram os alicerces para que outros movimentos se constituíssem para a contestação da colonização em Angola", disse Pedro Kapumba, docente de história de Angola no Instituto Superior de Educação (ISCED), da Universidade Agostinho Neto. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Segundo o historiador, apesar da inexistência de estatísticas, deverão ter morrido mais pessoas na revolta da Baixa de Cassanje, ocorrida a 4 de Janeiro de 1961, do que no início da luta armada, a 4 de Fevereiro de 1961. "O facto de terem morrido mais pessoas no 4 de Janeiro não o torna mais importante do que o 4 de Fevereiro (ataque a cadeias em Luanda desencadeado por nacionalistas e tido como o primeiro passo da luta armada), mas sim por ser um marco de referência histórica da ocupação colonial, que fez os portugueses compreenderem que teriam que engendrar outras formas para continuarem em Angola", frisou. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O historiador explica que, na segunda metade do século XX, altura em que se iniciou uma corrida "desenfreada" em África, Portugal, para implantar a colonização, teve de transformar as sociedades africanas. "Com a evolução da indústria europeia - particularizando a economia portuguesa -, Portugal, em posse do território angolano, tudo fez para facilitar as suas obras, fazendo com que as populações nativas não tivessem nenhuma relutância para o prosseguimento dos seus interesses", referiu o professor. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pedro Kapumba salienta que, para atingir os seus objectivos, os portugueses optaram pela expropriação de terras aos africanos, entregando-as aos colonos. "A expropriação de terras foi um dos mecanismos utilizados pelos portugueses para facilitar a implementação dos seus projectos. E a Baixa de Cassanje foi dada para a produção de algodão e exploração de diamantes", disse. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A região da Baixa de Cassanje, uma área composta por dez municípios integrados pelas províncias de Malange e da Lunda Norte, na altura foi entregue à Cotonang, empresa de exploração de algodão. A necessidade desta empresa transformar a região numa zona de produção de algodão fez com que fosse proibido aos africanos cultivarem bens do seu costume alimentar, como a mandioca. "Esta obrigatoriedade da produção de algodão espoletou o ódio entre as populações africanas, numa altura em que muitos estados africanos sob dominação colonial tinham já obtido a sua independência, influenciando bastante a atitude dos angolanos", salientou. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A independência do vizinho Congo foi, segundo o professor, "um dos motores" para a organização e forma de ver o sistema colonial pelos camponeses desta região. "A passagem pela região de alguns belgas fugidos do Congo veio facilitar a consciencialização política dessas populações para a adopção de uma postura violenta de contestação, mesmo com a camuflagem que a PIDE tentava fazer para esconder o que se estava a passar no vizinho Congo", disse. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">"Terá sido também por essa influência do Congo e de alguns movimentos nacionais já constituídos que se deu a revolta dos camponeses da Baixa de Cassanje, em 4 de Janeiro de 1961, que culminou com a morte de milhares de angolanos, bombardeados pela força aérea portuguesa", afirmou. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Em conclusão, Pedro Kapumba afirma que o 4 de Janeiro foi "um salto" para o 4 de Fevereiro, o início da luta armada, o assalto às cadeias em Luanda e ao 15 de Março, data reivindicada pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), como data do começo da luta de libertação. "O 4 de Janeiro, uma continuação de outras resistências, foi a resposta mais violenta ao sistema colonial, em que se levantaram milhares de camponeses contra o sistema de exploração colonial na baixa de Cassanje", lembrou. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">É preciso clarificar a Revolta do Cassanje, diz Pepetela A "Revolta da Baixa do Cassanje" "precisa de ser clarificada" para que os angolanos "conheçam a sua verdadeira dimensão histórica", defende o escritor angolano, Artur Pestana (Pepetela). A exortação de Pepetela surge quando passam 47 anos sobre o também chamado "Levantamento do Cassanje", data que marca os sangrentos confrontos entre os camponeses dos campos de algodão explorados pela empresa Cotonang e o poder colonial português. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Esta data, que durante muitos anos da Angola independente foi subvalorizada, ressurge agora como um dos momentos altos da luta nacionalista que viria a redundar na independência do país a 11 de Novembro de 1975, a par de outras como o 4 de Fevereiro ou o 15 de Março. O escritor e professor universitário angolano admite existirem duas versões divergentes quanto aos acontecimentos da Baixa de Cassanje, o que no seu entender exigem uma "clarificação" da sua "verdadeira dimensão histórica". </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">"O que se conhecia sobre o que ocorreu na Baixa de Cassanje era uma simples reivindicação de agricultores de algodão que pretendiam obter preços mais elevados do seu produto, mas a companhia compradora rejeitou, desembocando no levantamento que culminou na morte de centenas de pessoas", recordou Pepetela. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas aquele que é um dos mais notáveis escritores angolanos aponta para o surgimento de uma nova perspectiva dos acontecimentos que marcaram este episódio, cujo epicentro foram os campos de algodão da Cotonang. Uma revolta de "inspiração militar", cujo objectivo era procurar caminhos para iniciar a luta de libertação nacional, é apontada por Pepetela como merecedora de novos e aprofundados estudos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">De acordo com Pepetela, para que a população angolana tenha orgulho sobre tudo o que se passou na Baixa de Cassanje os historiadores devem esclarecer os factos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sem dúvidas, o vice-ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, Lourenço Contreiras Neto, diz que "o feito de Cassanje", no âmbito da acção de camponeses contra a Cotonang, empresa colonial que explorava os campos de algodão da região, foi "um levantamento que se enquadrou na luta clandestina que então eclodia em Angola". </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">"Entre aqueles trabalhadores haviam elementos activos que estiveram na base das manifestações. Embora tivesse um desfecho infeliz, com a morte de centenas de nacionalistas, este momento marcou decisivamente a luta dos angolanos pela independência", apontou Lourenço Neto. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Já o deputado Jorge Valentim, da UNITA, figura histórica do nacionalismo angolano, lembrou que "acções heróicas" foram também desencadeadas em várias regiões de Angola, dando o exemplo da cidade do Lobito onde, na década de 1960, vários missionários e professores foram presos por se identificarem com a luta de libertação nacional. </div><br /><br />A Revolta da Baixa do Cassanje, para Jorge Valentim, deu a "indicação clara de que era possível lutar contra o colonialismo, não apenas os intelectuais, mas alargando a luta ao nível das largas massas populares".<br /><br /><br />O político, que considera o levantamento da Baixa de Cassanje uma "contribuição à causa do nacionalismo angolano", sublinhou que, com este acto, as massas populares angolanas se evidenciaram, embora a acção dos movimentos de libertação existentes à época (MPLA e UPA/FNLA) não estivesse ainda bem definida".<br /><br /><strong>Fonte:<a href="http://www.noticiaslusofonas.com/"> Notícias Lusófonas</a></strong>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-54562874460538515342008-01-04T16:32:00.000+00:002008-01-04T16:38:49.702+00:00Benguela prepara-se para se lançar na produção de café Arábica<div align="justify"><strong>Pressionada pela crescente procura da variedade Arábica nos mercados internacionais, a província angolana de Benguela prepara-se para relançar a produção de café, que foi a sua principal actividade económica até à década de 1970. O director provincial da Agricultura, Abrantes Carlos Sequesseque, disse hoje que, apesar de ainda não ser produtora, os mercados internacionais têm "pressionado" para que Benguela passe a produzir a variedade Arábica graças às suas excelentes condições naturais para a plantação de café. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Abrantes Carlos Sequesseque referiu que são os países europeus que mais têm pressionado para que Benguela se lance na produção de café Arábica, embora só num prazo de três anos esta província costeira situada a sul de Luanda deverá estar em condições de exportar este produto. Para isso, adiantou o director provincial da Agricultura de Benguela, são fundamentais os passos que estão a ser dados para a reabilitação da estação experimental do café da Ganda. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nesta estação foram já criados viveiros comunitários para a multiplicação de plantas que, quando chegar o momento ideal, serão entregues aos camponeses da região e empresários que pretendam dedicar-se à cafeicultura. Ainda segundo Sequesseque, na primeira das três fases do projecto, serão beneficiadas mais de mil famílias, das províncias de Benguela e Huila, para a expansão da produção da variedade Arábica. Passo este que será o alicerce da actividade que se prevê rentável num curto prazo graças à "notável demanda" dos mercados internacionais. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Os responsáveis da Agricultura de Benguela recordam que actualmente, os camponeses subsistem à base da produção de milho, matéria que serve apenas as necessidades locais, não criando mais-valias económicas comparáveis às que a cafeicultura oferece. No entanto, a produção de café nunca chegou a ser totalmente esquecida, existindo uma pequena produção que "nem de perto nem de longe" se aproxima do real potencial da região. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O clima e a orografia de Benguela permitem a produção de vários tipos de café, tendo os municípios de Ganda, onde está localizada a estação experimental, Cubal e Balombo sido escolhidos para a intensificação da cafeicultura devido às condições naturais para o efeito, que são consideradas excelentes. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Benguela, Huila e Huambo são as três províncias onde os serviços da Agricultura de Angola estão a apostar no relançamento da produção de café, retomando uma tradição que foi de grande relevo até meados da década de 1970, antes da independência do país. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Antes do café, com enfoque na variedade Robusta, ter sido substituído pelo petróleo como uma das principais exportações do país, Angola chegou a produzir 200 mil toneladas/ano, acabando a guerra pós-independência por debilitar a estrutura produtiva de café até ao desaparecimento quase total da estrutura comercial dedicada à actividade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Já identificados os principais problemas para o relançamento da actividade, como seja a dificuldade de acesso ao crédito por parte dos camponeses, e a falta de formação, as autoridades angolanas do sector agrícola estão, agora, empenhadas em relançar uma actividade para a qual as condições naturais estão onde sempre estiveram. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Fonte: <strong><a href="http://www.noticiaslusofonas.com/">Notícias Lusófonas</a></strong></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-25671854490290861122007-11-18T10:12:00.000+00:002007-11-18T10:19:36.062+00:00O saber e a coragem do Jorge Eurico<div align="justify"><strong>Quando o Jorge Eurico me disse que ia lançar, em Moçambique, um Jornal fiquei com a certeza de que, do ponto de vista jornalístico (as matérias económica e financeira são contas de outro rosário), o projecto seria um sucesso. E assim aconteceu. O Observador publicou hoje o seu número 100. O Jorge é daqueles Jornalistas cuja integridade e profissionalismo são à prova de bala. Creio, aliás, que poderá ser Director de qualquer jornal de qualquer país, tal é a sua capacidade de dar voz a quem a não tem, tal é a sua força para manter viva a tese (tão rara nos tempos que correm) de que dizer o que pensamos ser a verdade é o melhor predicado dos Jornalistas.</strong></div><br /><br /><strong>Por Orlando Castro<br /></strong><br /><br /><div align="justify">Não é fácil. Eu sei e ele também. Mas por alguma razão eu e muitos outros consideramos que o Jorge Eurico é um dos melhores Jornalistas da Lusofonia. Significa isso que o jogo da vida está ganho? Não. De maneira nenhuma. O jogo da vida não tem fim. E, como se isso não fosse bastante, ainda é necessário lutar contra aqueles que por nada valerem passam a vida a tentar derrubar os que querem fazer obra. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Na história da Imprensa de Moçambique, de Portugal ou de Angola (até ver), Jorge Eurico já escreveu brilhantes páginas e tornou-se, por mérito próprio, um dos seus mais puros e destemidos arautos. Esta é, aliás, uma realidade a que poucos têm acesso porque a grande maioria diz que faz enquanto que o Jorge não diz que faz, FAZ. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">O Observador, com todas as dificuldades inerentes a quem quer ser independente, já está também na História de Moçambique, queiram ou não (e serão alguns os que não querem) todos aqueles que passam a vida a atirar pedras às árvores que, é claro, dão frutos. Permitam-me, contudo, algum egoísmo. Isto é, sendo o Jorge Eurico um angolano de alma e coração, agora certamente também moçambicano, eu teria uma satisfação ainda mais redobrado se este projecto tivesse nascido em Angola. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Tal não foi possível e quem ficou a ganhar foi Moçambique. E se Moçambique ganhou, de alguma forma toda a Lusofonia saiu igualmente vencedora. Resta-me dizer e dar público testemunho da honra que é para mim ver alguns dos meus textos publicados no jornal que o Jorge Eurico dirige.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Uma honra também por ter um amigo que nunca será derrotado porque, apesar das minas e armadilhas que lhe colocam no caminho, nunca desiste de lutar. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Obrigado Jorge. Que venham mais 100. A Lusofonia agradece e o verdadeiro Jornalismo também. </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><em>Artigo publicado inicialmente<a href="http://www.noticiaslusofonas.com/"> aqui</a></em></strong></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-33098149228314489332007-11-18T10:01:00.000+00:002007-11-18T10:11:56.568+00:00Também vale (ou não?) ser da Sociedade Civil<div align="justify">Tenho amigos que, quer em Luanda ou em Lisboa, militam efectivamente e activamente nas fileiras do MPLA e da UNITA. E se militam, fazem-no muito bem. É, aliás, uma forma de fazerem jus aos seus Direitos civis e políticos que têm respaldo no estatuto jurídico-polítco vigente em Angola. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Digo que o fazem muito bem porque, no que a mim diz respeito, também vou dando a minha modesta contribuição, mesmo que à distância, no sentido de induzir quem está no exercício do poder a tratar o Povo angolano com mais dignidade. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prefiro dar o meu contributo enquanto membro da Sociedade Civil, por esta via, do que filiar-me ao MPLA ou à UNITA. Prefiro ficar na minha. E assim prefiro porque nos tempos que correm, está mais do que provado, não se adere às causas de um partido, mas sim às portas que o mesmo nos pode (rá) abrir, às oportunidades que o mesmo pode (rá) proporcionar. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Prefiro ficar na minha. E assim prefiro porque nos tempos que correm não se adere voluntariamente a um partido. Hoje convidam-se as pessoas a filiarem-se. E as pessoas aceitam, e suponho que agradecem, mesmo que não conheçam os estatutos e programa de governação da formação política que as convida. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Os angolanos que militam (sem convicção, pois claro) quer no MPLA, quer na UNITA, não passam de oportunos oportunistas. Militar no MPLA é (digo eu) - para alguns, mas quase todos - uma questão de (sobre) vivência e de possuir passaporte e imunidade para tudo e mais alguma coisa. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Militar na UNITA é (digo eu) - para alguns, mas quase todos - sinónimo de estar à espera de agarrar, na oportunidade, aquilo que lhes foi negado pelo partido no poder. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não condeno ninguém que tenha aderido ao MPLA ou à UNITA por uma questão de (sobre)vivência. Mas a verdade é que pessoalmente não me seduz a ideia de participar neste tipo de jogo, não alinho por uma questão de coerência.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Gosto de defender causas defensáveis. E quando o faço gosto de fazê-lo com todas as forças e convicções que julgo ter. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">PS – Anda muita gente a querer saber se morro de amores pelo partido no poder ou se por aquele que deveria, de facto e de jure, assumir o seu papel como opositor em Angola. Não tenho problemas nenhum de revelar tal, mas sucede, porém, que isto nem às paredes eu confesso…por enquanto. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><em>Artigo inicialmente publicado<a href="http://www.blogger.com/www.noticialusofonas.com"> aqui</a></em></strong></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-4927875983912377232007-11-14T16:12:00.001+00:002007-11-14T16:15:12.386+00:00Quando um País mata o passado é porque não tem futuro<div align="justify"><strong>Sob o argumento de terem pertencido à companhias de Seguros do tempo colonial e não mais terem nenhuma serventia administrativa, a direcção da Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) admitiu explicitamente estar a destruir memórias da memória do ramo de seguros do País. Ou seja, a direcção da EMOSE está a “matar” impunemente uma fonte de informação que corresponde a um determinado ciclo de vida da história do ramo dos seguros moçambicano. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">O argumento esgrimido pela direcção da <strong>EMOSE</strong> não me poderia deixar mais mal disposto. É que para além de me deixar mal disposto faz-me viajar no tempo para me devolver a lembrança da chegada triunfal à cidade de determinadas pessoas - que apenas se tornaram gente em 1975 por obra e graça do advento da independência - que não se coibiram de destruir por destruir, deitar abaixo, tudo aquilo que era do colono. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A atitude da direcção da <strong>EMOSE</strong> é (se me é permitida a opinião) um crime de lesa pátria, cuja moldura penal…. A postura de quem (des)manda na <strong>EMOSE</strong> só é admissível num País como em Moçambique que (ainda) não sabe ler. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A decisão da direcção da <strong>EMOSE</strong> vai privar, num futuro próximo, as futuras gerações de um repositório de informações importantes que bem poderiam servir para os seus estudos no que tange ao ramo de seguros. Tal atitude (digo eu) milita igualmente contra o combate contra a pobreza absoluta.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Será que <strong>Armando Guebuza</strong> sabe que há Funcionários Públicos que pedalam ao contrário dos seus propósitos no que diz respeito a construir-se um Moçambique melhor? </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-70485551321709210772007-11-03T13:24:00.000+00:002007-11-03T13:29:36.701+00:00Velhas novidades de uma UNITA à deriva<div align="justify"><strong>A UNITA, que tira cocos do mesmo coqueiro que o partido no poder e anda à deriva (é bom que se diga!) desde a morte de Jonas Savimbi, acusa o MPLA e agentes da Polícia Nacional de ameaçar de morte e queimar residências e haveres de militantes seus na província do Kwanza-Sul, mormente em Cassongue e Cela. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A denúncia feita pelo Galo Negro, não é nova. Não constitui novidade. Não é a primeira vez que esta organização dá conta de actos intolerância que têm tido lugar no interior do País. Ora não sendo a primeira vez, pergunto: o que é que a UNITA fez, tem feito para que os seus militantes deixem de ser perseguidos, surrados, sovados, humilhados e escalavrados? Nada. Ou seja, se a UNITA está a fazer alguma coisa (ainda) não é do conhecimento público. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A direcção da UNITA deve procurar criar condições objectivas e subjectivas para que, em qualquer ponto do País, os seus militantes possam apresentar as suas ideias sem o risco de serem perseguidos, surrados, sovados, humilhados e escalavrados, quando não mortos, só por (não) acreditarem numa causa que não seja do partido da situação. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não tenho dúvidas, porque não me restam dúvidas, que actos de intolerância e de perseguição política e pessoal aos militantes da UNITA e da Sociedade Civil por parte de alguns (mas quase todos) agentes da Policia Nacional hão-de continuar. Tenho pena é que, apesar do tempo, a direcção da UNITA continue a ver boi e não saiba fazer frente ao Menos Pão Luz e Água (MPLA) que vai segura e garantidamente ganhar as próximas eleições. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">E, quanto a mim, vai ganhá-las não por ser melhor que a UNITA (ou não fossem farinha do mesmo saco e bananas do mesmo cacho), mas por várias razões. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Uma delas prende-se com o facto de o MPLA ter o acesso facilitado (e disso abusa) ao erário público a qualquer momento, mesmo em dias de feriado. A outra é o facto de ter uma influência total e absoluta nos órgãos de Comunicação Social (não) públicos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A UNITA (ainda) não tem acesso aos dinheiros públicos, é verdade. Mas ninguém garante que se um dia tiver a mesma possibilidade não faça igual ou pior. Por outro lado, a UNITA tem a desvantagem de hostilizar/marginalizar jornalistas e determinados os órgãos de Comunicação Social (não) públicos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Será isso bom para ela? Ou será que a UNITA ainda não aprendeu a fazer política sem armas? </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-20259550842487700592007-10-14T10:16:00.000+01:002007-10-14T10:20:27.340+01:00Macacos escondidos com o rabo (sujo e) de fora<div align="justify">Com o assentimento do filho de um respeitável médico angolano, andam macacos sem amendoim a assinar em meu nome comentários menos bons sobre o que aconteceu recentemente ao jornalista e director do "Semanário Angolense", pessoa por quem tenho estima, admiração, respeito e de quem já fui (com muito orgulho) pupilo no bissemanário "Folha 8".</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por isso não vou deixar que a água continue a rolar debaixo da ponte do engano com o perverso e inopinado propósito de provocar intrigas no seio das classes jornalística, política e intelectual angolanas, cujo fito é o de iludir a Opinião Pública interna e estrangeira relativamente à minha posição sobre a injustiça da Justiça nacional que levou ao indevido julgamento e consequente encarceramento do jornalista Graça Campos, um profissional de primeira água. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quem me conhece e lê os meus escritos no Notícias Lusófonas (NL), e não só, sabe qual é a minha posição sobre o assunto. Em tempo oportuno já tive a oportunidade de manifestar (e aproveito a ocasião para reiterar) o meu magoado protesto sobre a desgraça de Graça Campos. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Os comentários estão a ser feitos ( e podem ser vistos) num determinado site, cuja manutenção conta com o concurso de um general, que, nos dias de hoje, é tido como sendo o segundo homem mais poderoso do País. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Peço a indulgência do gestor do site e do seu "sponsor" que deixem de me perseguir (não é a primeira vez que tal acontece) e de usarem abusiva e indevidamente o meu nome em comentários com os quais nada tenho a ver e ideias que não perfilho. </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Nota - O tal filho do médico de que Vos falo chama-se é Sérgio Valentim Neto, coetâneo da filha do presidente da República, Tchizé dos Santos. O site é o Angonotícias, o general é Hélder Vieira Dias Júnior (Kopelipa). </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-5077459000309199782007-10-14T10:12:00.000+01:002007-10-14T10:15:27.874+01:00O «regresso» do Orlando Castro<div align="justify"><strong>Depois de ter decidido colocar um ponto e vírgula às suas opiniões relativas à terra que o viu nascer, e que ama como ninguém, eis que Orlando Castro (o jornalista que, parafraseando o meu amigo e Mestre Eugénio Costa Almeida, tem a notícia na ponta dos dedos e transmite-a com seriedade e agudeza que o caracteriza aos seus fiéis leitores) está de volta (eu Te saúdo por isso!) e sempre igual a ele mesmo, sobretudo quando o assunto é, e tem a ver com, Angola. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">E Orlando Castro não poderia ter (re)começado da melhor maneira. O jornalista (re)começa a sua coluna Alto Hama, aqui no NL, afirmando que se recorda de «há já uns anos Paulo Tchipilica fazer uma conferência, no âmbito do Congresso para a paz e a reconciliação em Angola, em que – então como ministro da Justiça – disse que a democracia é a melhor forma possível de Governo, defendendo que a democracia evita a tirania, salvaguarda a liberdade, garante a alternância do poder e remove pelo voto as consequências negativas da megalomania e do caciquismo que o exercício do poder oferece». </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por isso o jornalista pergunta: «Será que este Paulo Tchipilica é o mesmo que agora, como provedor, acha que a tirania, ao contrário da democracia, salvaguarda a liberdade, garante a alternância do poder e remove pelo voto as consequências negativas da megalomania e do caciquismo que o exercício do poder oferece?» . </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não meu caro amigo, este Paulo Tchipilica (digo eu) não é o mesmo de que Te recordas. Este é aquele Paulo Tchipilica que enquanto foi ministro da Justiça acaparou-se dos emolumentos de Justiça que iam parar aos cofres do seu pelouro. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Orlando Castro diz ainda no seu escrito que «nessa longa e meritória intervenção em que historiou a origem da democracia na história universal, há cerca de 2.500 anos na Grécia, Paulo Tchipilica, defendeu que a democracia é possível em África, salientando que o continente negro só com democracia pode acabar com a miséria e a guerra e dar-se ao respeito».</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por essa razão, com toda (e mais alguma legitimidade), Orlando Castro pergunta: «Será o mesmo Paulo Tchipilica?». Não meu caro amigo, este Paulo Thipilica é (digo eu) outro. O tal que enquanto ministro «picou» e transformou a secretária em concubina e depois com o dinheiro tirado indevidamente dos cofres do Estado comprou um apartamento para a mesma. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O então ministro da Justiça, prossegue o jornalista, referiu-se na altura a Jonas Savimbi, comparando-o com o Jonas da Bíblia que depois de ter fugido às ordens de Deus, foi castigado pelos homens e acabou por se arrepender e cumprir a missão que Deus inicialmente lhe destinou. «Será o mesmo Paulo Tchipilica que agora se sentiu ofendido pelo que escreveu o director do Semanário Angolense, Graça Campos, levando a que o jornalista fosse preso por delito de opinião?». </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não meu caro amigo, este Paulo Tchipilica (digo eu) é aquele que, com os seus compinchas, se quis aliar (ou aliou-se mesmo?) ao Menos Pão Luz e Água «vendendo» o Fórum Democrático Angola (FDA). </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-47775966641117932772007-10-14T10:06:00.000+01:002007-10-14T10:11:22.465+01:00PADEPA à beira do princípio do fim<div align="justify"><strong>Carlos Leitão e Luís Silva Cardoso são os “actores” principais do escândalo vergonhoso que está a pôr em causa o capital político acumulado ao longo destes anos todos pelo PADEPA e a deixar o seu crédito por mãos alheias e a fazer com que os angolanos procurem nas próximas eleições uma alternativa à altura que não seja nem a UNITA e muito menos o MPLA. </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">O PADEPA, o único que sabe(ia) agarrar o regime pelos cornos, é (era) uma organização política coesa, forte e arrojada, cujas marcas são o nervo, a arte e o arrojo juvenil. Digo que é, e ao mesmo tempo que era, uma organização política coesa porque acredito que a réstia e o pingo de vergonha que resta na cara de Carlos Leitão e Luís Silva Cardoso irão certamente salvar o PADEPA. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi com o coração condoído que tomei conhecimento do que se está a passar no PADEPA e trespassa-me o cérebro a dor de saber que a desavença entre Carlos Leitão e Luís Silva Cardoso está longe de conhecer o seu desfecho. Não sei porque cargas d’água não me sai da memória a imagem de Carlos Leitão e Luís Silva Cardoso a passearem-se pela cidade no Hyundai verde, que era propriedade do primeiro. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Recordo-me deles a baterem à porta da AJPD para darmos uma mãozinha nos seus discursos e estratégias política. Sempre ajudei (ajudamos) o PADEPA por ser um partido jovem e que parecia ter uma visão clara da causa que defendia. Fi-lo sempre com o maior prazer dos prazeres. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por isso custa-me a crer, apesar dos factos que têm sido vazados para Imprensa, que os propósitos políticos de Luís Silva Cardoso e Carlos Leitão tenham tomado rumos diferentes. Recuso-me (é um Direito que me assiste) a aceitar que o PADEPA esteja hoje fraccionado, e dividido em dois (já estou a ver alguém a esfregar as mãos de contente). </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pergunto aos meus botões como estará a Precol, que um dia apostou em Luís Silva Cardoso e Carlos Leitão?</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Como estará o Rangel que um dia acreditou na causa do PADEPA? </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Como estarão os intelectuais (são alguns, mas quase todos) que por terem invariavelmente o rabinho entre as pernas se reviam nas manifestações promovidas contra o regime pelo PADEPA? </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Qual será o grau de desilusão neste momento no País que um dia fez fé e apostou na luta promovida pelo PADEPA? </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quero crer que o que está a acontecer no PADEPA será ultrapassado. Quero crer que a maturidade política os levará a ultrapassar esta situação. Assim creio, assim quer a juventude, assim espera o País. Mesmo que Frederico Luís Cardoso e Julião Mateus Paulo Dino Matrosse (director de gabinete do vice-presidente do MPLA e SG) tenham subornado Luís Silva Cardoso, quero crer que o bom senso há-de prevalecer. Mesmo que a estratégia dos mais fortes seja a de dividir para melhor reinar, quero crer que a amizade, aquela dos bons e velhos tempos da Precol, entre Luís Silva Cardoso e Carlos Leitão há-de sobrepor-se à ambição que quer afogar a causa que os levou a formar o PADEPA. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">A juventude, neste momento, está de olhos postos no PADEPA. A juventude espera que o desfecho deste escândalo seja frutuoso, sob pena de desiludirem os que acreditam, acreditaram em Carlos Leitão e Luís Silva Cardoso. É que de políticos aventureiros, cobardes e que só olham para o seu umbigo está o País cheio. Aliás, estão aos montes e pontapés no país. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Por isso aqui fica o meu humilde apelo: Lipe (Luís Silva Cardoso) e Mampitas (Carlos Leitão), à bem da democracia e da reivindicação política, ultrapassem lá isso. </div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-28601918.post-87040194678365091592007-10-14T10:01:00.000+01:002007-10-14T10:06:15.909+01:00Uma espera de 15 anos...em Moçambique<div align="justify"><strong>Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que o então presidente Joaquim Chissano – um dos mais hábeis diplomata que a FRELIMO tem nas suas fileiras – e o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama – um dos guerrilheiros mais conhecidos do mundo lusófono –, decidiram que o solo devia deixar de ser regado pelo sangue e o suor do Povo. (Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, as instituições do Estado estarem, com o culpável patrocínio de algumas chancelarias sedeadas em Maputo, cada vez mais partida rizadas).</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama prometeram um Estado de Direito Democrático; um Estado onde o primado da Lei estaria acima de tudo e mais alguma coisa. </strong><strong> (Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, os advogados e magistrados serem espancados, surrados, escalavrados, baleados sem apelo nem agravo por agentes da PRM e os tribunais andarem a reboque do Governo).</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi num dia como que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama prometeram ao Povo o acesso – desde que competentes, pois claro! - à Função Pública. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, continuar a existir células partidárias nas empresas e aos candidatos às vagas nestas ser exigido o cartão do partido no poder) </strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama disseram que poderíamos cantar em uníssono as belezas do nosso Moçambique e caminhar de mãos dadas rumo a um futuro risonho (como se alguém pudesse rir quando de barriga vazia!) </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, ainda andar-se à porrada no interior do País).</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi num dia como que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama disseram ao Povo que devíamos meter na cabeça de uma vez por todas que somos, afinal, troncos da mesma arvore – Moçambique. </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, olharmos para quem não é da nossa cor política de soslaio, como se de inimigo se tratasse).</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> Foi num dia como o que se assinala amanhã, 4 de Outubro, que Chissano e Dhlakama fizeram crer daí para frente combater-se-ía a pobreza.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> <strong>(Mau grado, quinze anos depois da institucionalização da Paz, constatar-se que ao invés de se combater a pobreza está a combater os pobres) Seja como for, esta é a paz que temos no nosso reino. Ou melhor, no reino de Guebuza! </strong></div>Jorge Euricohttp://www.blogger.com/profile/03792113421625023117noreply@blogger.com1