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segunda-feira, janeiro 22, 2007

Chuvas provocam pelo menos 20 mortos e 25 desaparecidos em Luanda

As chuvas torrenciais que caíram hoje de madrugada em Luanda causaram pelo menos 20 mortos e 25 desaparecidos, mas o número poderá ser substancialmente maior, disse o comandante do Serviço Nacional de Bombeiros. Eugénio Laborinho, que classificou a situação no município do Cacuaco, a norte da capital, como "dramática", sublinhou que este balanço é provisório e que o número de vítimas mortais deverá ser mais elevado porque há ainda uma quarentena de automóveis soterrados pela lama.
"A situação é dramática. O município está isolado devido à destruição da ponte", disse Eugénio Laborinho.
Fonte do governo provincial também confirmou à Lusa a existência de vítimas mortais, embora sem poder precisar o seu número e em que zonas da cidade foram atingidas.
"Confirmo que há mortos e há, pelo menos, uma criança desaparecida", adiantou o porta-voz do executivo de Luanda, Ladislau Silva, que, no entanto, afirmou não estar ainda na posse de todos os dados que permitam fazer o primeiro balanço das consequências da intempérie.
De acordo com o mesmo porta-voz, os administradores dos nove municípios de Luanda vão entregar na terça-feira no governo provincial as informações de vítimas e danos causados pelas chuvas de hoje.
A mesma fonte adiantou que a quantidade da água acumulada fez ruir a ponte que liga a zona do Gamek ao bairro do Golfe, no município de Kilamba Kiaxi, no sudeste da capital angolana.
Também no Cacuaco, a força das águas fez ruir outra ponte, isolando o município e cortando a ligação rodoviária entre Luanda e Caxito, capital provincial do Bengo.
"O volume da água que veio dos bairros adjacentes e da vala de drenagem do município de Viana até às salinas de Cacuaco é elevado, tendo originado a destruição do bairro Cefopescas, com mais de 30 casas, e o condomínio da Auto Sueco", salientou Eugénio Laborinho.
O governador provincial de Luanda, Job Capapinha, que tinha previsto realizar hoje uma viagem de helicóptero para observar a extensão dos danos, acabou por cancelar a iniciativa por causa das condições climatéricas.
A chuva que caiu intensamente durante grande parte da noite e as primeiras horas da manhã, manteve-se até quase à hora de almoço, mas já com fraca intensidade, tendo parado depois. A maioria do comércio e serviços foram afectados pela intensidade da chuva, porque não só grande parte da baixa de Luanda ficou inundada, como muitos dos funcionários se viram impedidos pela água de se deslocar para os seus empregos.
O rasto de pedras e lama era visível em muitas artérias, enquanto outras se transformaram em piscinas de água barrenta, um cenário privilegiado para a propagação de doenças.


Fonte: Notícias Lusófonas

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