O Arauto

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domingo, junho 04, 2006

Quem quer tramar a Direcção da Casa de Angola?

Há quem pense que as pessoas que tem a espinhosa e delicada missão de dirigir os destinos da Casa de Angola andam ali para as bandas da Travessa da Fábrica das Sedas, n.º 7, com o simples e propósito único de caçar os pequenos mamíferos roedores de focinhos pontiagudos, orelhas relativamente grandes, e de cauda comprida e escamosa que dão o nome ao largo que serve de referencia de localização da instituição que em Lisboa tem sabido elevar o mais alto possível o nome do nosso País mediante a realização de conferencias e de debates, bem como a promoção de momentos lúdicos.
Pois só assim se explica a denúncia feita dia 18 de Maio pelo director do>pelouro da Cultura e Comunicação da Casa de Angola, Eugénio Costa Almeida,segundo a qual alguns associados, e até terceiros que nada tem a ver com a angolanidade, tem proferido "incorrectas e quase vis palavras em Angola e junto de personalidades que nos apoiaram, informando que nada se tem feito,nem produzido, e muito mais grave ainda, difamando pessoas".
Apesar de não ter procuração alguma da direcção da Casa de Angola, é de elementar Justiça que se reconheça e se diga que já foram realizadas inúmeras actividades. A saber, duas exposições, uma das quais no seu salão nobre, outra na galeria Matos Ferreira, em conjunto com a Embaixada de Angola, denominada "Arte da Paz", lançamento de obras literárias e umas poucas conferencias e outros eventos.
Por isso, quem diz o contrário são aqueles que certamente nada tem com que>se ocupar, ou querem, despretenciosamente, sacanear por sacanear (o termo é mesmo este) aqueles que, ao menos, se preocupam em fazer algo útil para os angolanos espalhados por esta cinzenta e atrasada Lisboa.
De resto, apenas uma pergunta: quem quer, afinal, tramar a direcção da Casa>de Angola?

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