"Casa da Morna", a face bela de uma história feia
Ontem fui (acompanhado de um casal amigo), por volta das 9 horas da noite, jantar na "Casa da Morna", situada em Alcântara, na rua Rodrigues Faria, n.21, por detrás da discoteca Luanda em Lisboa. A "Casa da Morna", propriedade de Tito Paris e de Bana Júnior (o filho do Bana), é uma espécie de "embaixada" em Lisboa que, com seu ambiente, nos faz pensar que Cabo-Verde é apenas morna, funana, batuque e coladera. A "Casa da Morna", onde se ouve música ao vivo de Tito Paris, hipnotiza os cabo-verdianos e estrangeiros que a frequentam no que tange à intolerância política, à discriminação e à regressão democrática que se vive nas 10 ilhas da Morabeza, situadas no Atlântico Médio. Quando se está lá dentro, pensa-se na terra de sabor tropical e encanto sem igual (mas não me esqueço que o Cacá foi expulso do Protocolo do Estado cabo-verdiano onde trabalhou como chefe de cerimónia durante 10 anos por não ser militante do PAICV). Curti Bo Life, isso é música de Tito Paris e também di noz terra moço! Quando se está lá dentro, pensa-se no sorriso doce e meigo das crioulas da nação mais mestiça do mundo (mas não me esqueço que quem na Administração Pública não for militante do PAICV, arrisca-se a ser proscrito). Cartinha de Holanda, isso é música de Tito Paris e também di noz terra moço! Quando se está lá dentro, esquece-se que a beleza das ilhas confundem-se com a da natureza (mas não me esqueço que Cabo-Verde viu o seu corpo e a alma democrática feridos de morte nas últimas eleições presidenciais). Dança Ma Mi Crioula, isso é música de Tito Paris e também di noz terra! Quando se está lá dentro, pensa-se que se pode dizer "olha isso aqui está muito bom/ isto aqui está bom demais" (mas não me esqueço que Cabo-Verde ainda não dispõe, 30 anos depois da sua independência, de uma universidade pública). Preto E Mi, isso é música de Tito Paris e também di noz terra! |
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