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domingo, fevereiro 18, 2007

Governo angolano prende investigadora da Global Witness em Cabinda

A activista britânica de Direitos Humanos, Sarah Wikes, investigadora da Global Witness, foi presa arbitrariamente pelas autoridades angolanas e está sendo sujeita a interrogatório, hoje, dia 18 de Fevereiro, desde às 9h50m, na cidade de Cabinda, onde se encontra em trabalho pela sua organização no âmbito da Campanha Internacional pela Transparência na Indústria Petrolífera “Publique o que Se Paga”.

Desde às 5h30m da manhã de hoje que Sarah Wikes se encontra retida no Hotel Macosso, onde se hospedou, devido a uma abordagem policial que confiscou grande parte dos seus haveres, inclusive máquina fotográfica e documentos de trabalho.

Sectores da sociedade civil angolana, bem como partidos políticos da oposição, preparam um pronunciamento sobre o assunto. O caso está sendo acompanhado pelos advogados Francisco Luemba (244913129162), e David Mendes (244923563373).


Até ao momento a Polícia de Investigação Criminal (PIC) não conseguiu formalizar os motivos da detenção.

Depois da prisão arbitrária de Raúl Danda, cuja libertação Sarah Wikes apoiou, e do partido político Frente para a Democracia, FpD, ter sido impedido de realizar um debate em Cabinda sobre autonomia, a activista de Direitos Humanos que trabalha na área das Indústrias Extractivas está sendo sujeita ao mesmo tipo de violação aos Direitos Humanos e da agressividade antidemocrática do regime, que atropela todas as Leis para prosseguir a sua campanha intimidatória.

Recorde-se que membros do Governo Angolano têm mantido encontros com a Global Witness no âmbito da sua campanha “Publique o Que Se Paga” e das negociações para a integração do Governo no mecanismo das EITI (Iniciativa para Transparência para as Indústrias Extractivas).

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