O Arauto

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Anibalzinho não merece a água que bebe

Aníbal dos Santos Júnior (Anibalzinho), o facínora do bando que, a sangue e frio e com as mãos frias matou sem dó nem piedade o jornalista Carlos Cardoso, encontra-se em greve de fome, depois de altas patentes do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) terem ordenado que o mesmo fosse mantido algemado até novas ordens, revela o semanário "Savana" na sua última edição.
"Ele (Anibalzinho) não come desde segunda-feira, mas pelo menos bebe água", precisou uma fonte da Polícia da República de Moçambique (PRM) em declarações ao "Savana".
Das duas uma. Ou Aníbalzinho quer gozar com os moçambicanos ou chamar a atenção das Organizações da Sociedade Civil (OSC) para a “dieta” que está a fazer desde segunda-feira passada.
Dúvidas não restam que o bandido mais conhecido em Moçambique está amargamente arrependido por agora saber que não devia de ter tirado (supostamente a mando do filho de alguém que anda para aí a ser contemplado com prémios internacionais) a vida a um homem, um irmão que, por meio da caneta, lutava por um País politicamente mais democrático, económica e socialmente mais próspero.
Diante disso, sou (façam a fineza de mo permitirem) forçado a ser politica, humana e catolicamente incorrecto afirmando, por minha conta e risco, que o contribuinte moçambicano, este povo irmão doce, afável e gentil, devia recusar-se a pagar as refeições do mecânico que se encontra a cumprir uma pena extraordinária de 30 anos por ser considerado um delinquente de difícil correcção.
Diz a PRM que “ele está em greve de fome (ou a fazer “dieta”?), mas pelo menos bebe água”.
Pois é. Por mim, Anibalzinho não merece, digo eu, o chão que pisa e muito menos o ar que respira, nem água... para beber.