O Arauto

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terça-feira, outubro 17, 2006

Depois do que disse Dlakhama, Moçambique será o mesmo?

Com o dedo em riste e abespinhado quanto baste (presumo que as circunstâncias a isso o obrigam), o líder da RENAMO acusou a FRELIMO de ter as mãos sujas de sangue, de o humilhar, a si e aos seus homens, e de estar a criar condições objectivas e subjectivas para Moçambique voltar a viver os tempos duros e puros do monolitismo de triste memória, que deixou cicatrizes profundas, que ainda doem, e feridas, que ainda sangram, naquele País situado na costa Sul-Oriental de África .


Afonso Dlakhama, que desabafou em entrevista exclusiva ao Notícias Lusófonas, afirmou que a criminalidade está a tomar conta de Moçambique sem que a Polícia e o Poder Judicial consigam pôr cobro à situação de insegurança, que já faz os moçambicanos tremerem de medo que nem varas verdes, que reina nas ruas da antiga Lourenço Marques.

Dlakhama disse ainda que o Poder Judicial encobre alguns, mas quase todos, criminosos, sobretudo os que pertencem à classe dos poucos que têm milhões (porque os milhões que têm pouco são imediata e incondicionalmente arrastados para uma cadeia qualquer aonde permanecem até apodrecerem, morrerem de inanição), o que traduz a expressão mais alta da descoragem deste poder naquele país lusófono.

Para sustentar a sua afirmação, Dlakhama apontou como exemplo o facto de a (in)Justiça moçambicana não ter julgado e ordenado, até ao presente momento, a prisão de Nhimpine Chissano, filho do predecessor de Armando Guebuza à testa do Estado moçambicano, acusado de ser o autor moral da morte do jornalista Carlos Cardoso, director e proprietário do jornal de tipo newsletter "O Metical".

Quero crer que o rosto mais visível da oposição política moçambicana sabe do que fala e, com as suas denúncias, quer chamar a atenção da Comunidade Internacional, este conceito abstrato que só age, e de forma lesta e cínica cínica, quando os seus interesses estão em causa.

Caso contrário, à semelhança do direito que tem de fazer as acusações que fez, Afonso Dlakhama poderá ser confrontado, pelo partido no poder em Moçambique, com a obrigatoriedade de provar as suas afirmações. E se não o provar será obrigado descalçar o sapato para contar até 12.


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