Mortes estranhas entrarão na análise da cimeira da CPLP?
Bissau, a capital da Guiné, vai acolher (com circunstância e pompa) a partir do dia 12 a IV cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que, na verdade, vai servir para dar conta da sua “existência” e “mostrar trabalho” ao mundo lusófono e não só por não se saber quais são na essência os fins desta instituição.
Seja para dar conta da sua “existência” ou para “mostrar trabalho” ao mundo lusófono e não só, espero que, à margem ou no decurso da referida cimeira, os chefes de Estado e de Governo da CPLP inquiram, sem sofismas nem eufemismos, João Bernardo “Nino” Vieira por que razão se assiste, nos últimos tempos, na Guiné-Bissau a actos escuros como a cor negra da cobardia que na maior parte das vezes resultam em mortes estranhas e inexplicáveis de jornalistas e intelectuais nesta antiga colónia de Portugal.
Espero (com o desejo intranquilo de quem quer uma resposta para o dia ontem) que Eduardo dos Santos (Angola), Cavaco Silva (Portugal), Fradique de Menezes (São Tomé e Príncipe), Lula da Silva (Brasil), Pedro Pires (Cabo Verde) Armando Guebuza (Moçambique) e Xanana Gusmão (Timor-Leste) indaguem o “cafre” do Palácio da Colina de Boé a razão do ódio inflamado contra a classe jornalística e a violência indirecta contra alguns, mas quase todos, intelectuais que não são bem quistos pelo regime que (ainda) vigora na Guiné-Bissau.
Espero (tal como a minha mãe, a dona Maria Helena, ensinou-me a esperar paciente nas horas duras e difíceis) que os chefes de Estado e de Governo da CPLP façam a fineza de procurar esclarecer ao mundo porquê que os jornalistas e determinados intelectuais se tornaram inimigos a abater na primeira esquina das ruas escuras, medonhas e esburacadas de Bissau.
Espero (porque sou um modesto jornalista e cidadão do mundo lusófono que espera pelas vossas posições) que os chefes de Estado e de Governo da CPLP não se deslembrem de auscultar Nino Vieira e esclarecer ao mundo porquê que a paz que se esperava na Guiné-Bissau deu lugar à hostilidade e ao terrorismo velado (e ao mesmo tempo aberto) contra os jornalistas.
Se tal não acontecer, a inacção dos chefes de Estado e de Governos da CPLP, neste capítulo, vai matar a nesga, a réstia de esperança, que em mim ainda existe, de que se pode fazer alguma coisa em defesa da classe jornalística lusófona.
Crónica publicada inicialmente aqui
Espero (porque sou um modesto jornalista e cidadão do mundo lusófono que espera pelas vossas posições) que os chefes de Estado e de Governo da CPLP não se deslembrem de auscultar Nino Vieira e esclarecer ao mundo porquê que a paz que se esperava na Guiné-Bissau deu lugar à hostilidade e ao terrorismo velado (e ao mesmo tempo aberto) contra os jornalistas.
Se tal não acontecer, a inacção dos chefes de Estado e de Governos da CPLP, neste capítulo, vai matar a nesga, a réstia de esperança, que em mim ainda existe, de que se pode fazer alguma coisa em defesa da classe jornalística lusófona.
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